"Zonas Azuis" (Blue Zones) e a auto eficácia.
- Luciana Fernando Davi
- 9 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de dez. de 2024

Recentemente, assisti ao documentário realizado pela Netflix que me chamou muito a atenção e me fez pensar o quão importante, é sermos autônomos da nossa própria saúde.
O nome do documentário é: “Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis”.
Assim batizou o jornalista Dan Buettner ao pesquisar regiões com a maior taxa de expectativa de vida e a incidência de pessoas centenárias.
São as regiões:
Okinawa, no Japão
Loma Linda, nos Estados Unidos;
Icária, na Grécia;
Península de Nicoya, na Costa Rica;
Sardenha, na Itália.
O que elas têm em comum?
Alimentação natural - não necessariamente comida “fit”, mas sim, a que eles mesmos preparam através da colheita, armazenamento e modo de preparo e a ausência de industrializados.
O outro fator, adivinhem? O movimento.
Em todas essas regiões citadas acima, existe uma similaridade no estilo de vida físico dessas pessoas. Desde crianças, elas têm em comum, pequenas atividades do dia a dia, dançar, compartilhar momentos com amigos e familiares e até a prática de esportes.
Normalmente, as suas casas são em lugares rurais, com ladeiras e pisos desregulares, ou seja, bem fora no padrão que conhecemos e nos acostumamos a viver. Elas gastam mais energia colocando seus músculos para trabalhar todos os dias, e as articulações agradecem.
O que é auto eficácia?
Falamos em auto eficácia, quando uma pessoa consegue gerenciar seu próprio corpo, ouvindo o que ele “diz” e sabendo o que fazer com isso. É ser INDEPENDENTE, poder ir para onde bem quiser, fazer um bolo, brincar com filhos e netos sem medos ou limitações. É ter liberdade.
Quando perdemos nossa auto eficácia?
Existem diversos motivos para que percamos nossa independência.
Isso pode acontecer aos pouquinhos, quando percebemos que vamos enfraquecendo e não aguentamos a demanda do dia a dia. As dores começam a surgir e ficamos com receio de nos machucar e ter de parar de trabalhar ou fazer algo que precisamos ou gostamos;
Quando vamos a um serviço de saúde e o profissional diz que “isso ou aquilo” é perigoso, ou que você não poderá mais fazer determinada coisa, e se fizer, vai ser muito ruim;
Quando acontece algo pontual, como um acidente ou incidente e perdemos a confiança em nós mesmos.
É possível recuperar essa autonomia?
SIM! Procurando um profissional do movimento - seja um fisioterapeuta, profissional de educação física, médico do esporte, etc. - pesquisando em boas fontes, e muitas vezes, agregando um profissional que saiba lidar com a parte mental e emocional, como um psicólogo, analista ou psiquiatra.
Aos poucos, é possível se fortalecer em todos os sentidos e aprender estratégias para agir com assertividade, quando estiver numa situação de dor / desconforto físico ou insegurança, fazendo outras conexões e movimentos.
Quero deixar uma frase do jornalista Dan Buettner para sua reflexão:
“...em Nicoya, como nas outras Zonas Azuis, as pessoas nunca fiariam algumas horas extras de trabalho quando poderiam estar com a família, tirar uma soneca ou interagir com os amigos. Ou seja, eles diminuem o passo para dar tempo às coisas que realmente importam.”.
Link para assistir ao documentário na Netflix: https://www.netflix.com/br/title/81214929;
Para quem se interessar nos projetos em vigor sobre as Zonas Azuis: https://www.bluezones.com/
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